Transformações radiofônicas: o punk se adapta à comercialização

maio 10, 2007

Iani Eleutério – [ianics@hotmail.com]

Thaize Dallapícola – [thaizedr@hotmail.com]

Companheirismo. Complementação. Divulgação. Essas palavras definem bem a relação entre rádio e Internet no cenário punk rock brasileiro e, principalmente, capixaba. Por ter um público segmentado e ainda pequeno no Espírito Santo, o punk rock possui pouco espaço nas rádios capixabas. Há uma grande limitação de tempo. “Nosso programa tem apenas duas horas semanais. As pessoas só têm esse horário para escutar”, fala Cyssu, locutor de um dos poucos programas do gênero no estado.

Além da questão do pouco tempo, a censura nas rádios também acaba minimizando o caráter crítico proposto pela ideologia do punk rock. Na rádio existe a preocupação com quem está ouvindo a música. Os pais ainda vigiam seus filhos. Por isso, letras muito agressivas, comuns no estilo, são evitadas na rádio. Debates acerca de política e religião também são deixados em segundo plano, descaracterizando o ideal do movimento.

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